noites

falta plateia para assistir que dorme esboçando um sorriso, calmo e tranquilo. que de vez em quando solta palavras, histórias não terminadas que pouco se entende.

quando acorda no meio da noite, descobre o tamanho da cama que lhe resta, estreito e quente. vira para o lado e repete em voz alta e paciente para espantar pensamentos ligeiros: “dorme, o dia logo vem”. 

todas as noites sonha a vida que poderia ter, em detalhes frescos revive aventuras intensas, antigos trabalhos, novos amores e encontros com quem partiu. gosta do que lhe inventa a cabeça e se diverte pensando em escrever. 

na luz da manhã, as histórias da noite se dissolvem em pó de memória que já não sabe se inventou ou se viveu no sono. 

as noites já foram indesejadas, mas os pesadelos se foram e não precisa mais levantar para checar se a porta está trancada. agora é no sono onde se encontra, lá as coisas estão de volta ao lugar e estamos todos livres.

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